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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cantadas valorizadas

Sabe aquelas tentativas frustradas de cantadas que você (mulher, claro) ouve de desconhecidos na rua, popularmente conhecidas pela alcunha de “cantadas de pedreiro”? Você (ainda falando das amigas) com certeza já recebeu uma. Ou pelo menos já viu algum amigo ou outro marmanjo colocando-as em prática. Algumas engraçadinhas, outras desconcertantes. Talvez uma ou outra até bem-sucedida. O fato é que todos conhecem as cantadas de pedreiro. Afinal, a criatividade desses nobres trabalhadores da construção não tem fim – nem limites.

E para eternizá-las e elevá-las a um nível digno do prestígio que merecem, elas foram registradas em um livro. Pedreiro é uma série de quadrinhos criada pelo quadrinista campineiro Digo Freitas que retrata o dia a dia desse nobre mestre de obras e suas aventuras na arte de seduzir uma mulher. São mais de quarenta páginas de tirinhas coloridas, e você ainda pode escolher uma (ou criar a sua própria personalizada) para dedicar a alguém num espaço reservado para isso na primeira página.

O Pedreiro é o carro-chefe de Digo Freitas, mas o autor também tem outras séries muito interessantes, que podem ser acompanhadas em seu site, Esboçais.com.br. Ele próprio vira a estrelas em alguns quadrinhos.

Interessou? Então anote aí: o livro Pedreiro pode ser adquirido na loja do Esboçais, em versão impressa e digital (para os leitores mais moderninhos). E se quiser conhecer os outros personagens do autor, não deixe de visitar o site.

terça-feira, 28 de maio de 2013

O Diário da Queda, de Michel Laub

Em uma festa de aniversário, os garotos decidem pregar uma peça no aniversariante que acaba resultando em consequências graves. Para a maioria deles, foi bem-feito o que aconteceu. Mas para um deles, a brincadeira de mau-gosto virou um fantasma, que o perseguia e o lembrava de sua culpa o tempo todo.

Em Diário da Queda, o personagem principal é um judeu, neto de um sobrevivente de Auschwitz. Ele nunca teve um bom relacionamento com o pai e não chegou a conhecer o avô pessoalmente. O que sabia de seu avô era o que o pai vivia repetindo e o que ele havia documentado em vários volumes de um curioso diário.


O livro é uma compilação de reflexões que esse garoto faz sobre sua própria vida sob a ótica da herança que o nazismo e as recordações de Auschwitz do avô deixaram para a família. Seu relacionamento com o pai, sua própria condição como judeu, tudo parece estar relacionado com os sofrimentos vividos pelo avô em Auschwitz.


Assim como A Menina que Roubava Livros, Diário da Queda é um ponto de vista diferente sobre o assunto. Tratasse de uma nova visão sobre o nazismo, a vida de judeus daquela época e a vida de seus descendentes posteriormente, e é exatamente essa inovação que torna o livro atraente.


sábado, 18 de maio de 2013

Dois Irmãos, de Milton Hatoum


Em Manaus, entre as décadas de 1940 e 1960, vivem os irmãos Omar e Yaqub e sua atribulada família de origem libanesa. A história é contada em primeira pessoa por um personagem que é apresentado apenas depois de alguns capítulos e que vem embutido com algumas intrigas e suspenses.

Zana e Halin, ambos de origem libanesa, se casam num clima de amor intenso e juvenil. Halin sempre fora apaixonado pela esposa, e a última coisa que queria era filhos; Zana, por outro lado, alimentava o sonho de ter sua própria família. Halin, para agradar a esposa, acaba cedendo e o casal tem três filhos: os gêmeos Omar e Yaqub, e a caçula, Rânia. Na casa ainda vive a ama Domingas, de origem indígena.

A história versa sobre a convivência entre as pessoas deste núcleo familiar e os que os cercam, episódios de suas vidas que influenciam o fluxo da própria família.

Milton Hatoum, escritor manauara, tradutor e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, é um artista inovador, que traz ao leitor um cenário de uma Manaus diferente das tribos indígenas e macacos mascotes que a maioria dos artistas apresenta. A cidade é civilizada, tem tecnologia e modernidades da época chegando, e cresce como qualquer outra grande cidade. Há uma grande quantidade de imigrantes vivendo em Manaus, muitos a procura de refúgio, muitos a procura de vida nova.

Domingas é uma índia, que foi tirada de sua tribo ainda criança, educada por freiras em um convento e vendida, de forma velada, à família de Zana. Nunca foi tratada como uma filha adotiva, mas como uma serva da casa. Esse é um cenário da época colonial do Brasil, presente ainda no século XX, mas desconhecido do restante do país. Seria impensável acreditar que ainda hoje existem relações desse tipo num Brasil tão (aparentemente) moderno. Cenários como estes soam como uma crítica do autor sobre como Manaus ainda guarda traços de hábitos passados, que precisariam ser suplantados para que a cidade conseguisse verdadeiro destaque entre as maiores cidades do país. 

Omar e Yaqub são dois irmãos que definitivamente não se entendem. Desde crianças se detestam e o comportamento dos pais, especialmente da mãe, alimenta ainda mais esse desentendimento. Uma atitude bastante clara no livro e velada pela sociedade é a da preferência dos pais, bem demonstrada pelo papel de Zana. Desde sempre seu filho favorito é Omar, o mais novo dos gêmeos. A ele nada é negado, e qualquer problema que surja, Zana aparece como uma leoa para proteger sua cria. Por outro lado, Omar acaba sendo o preterido, apesar de ser o mais esforçado, aquele que conquista tudo o que tem. Rânia, no raking de preferência da mãe, fica com o último lugar. Para o pai, é o contrário: o que ele menos gosta é Omar, seja por ciúmes, seja por intolerância à sua personalidade, ao que ele se tornou graças à superproteção de Zana e às suas atitudes.

A separação definitiva acontece na adolescência. Após um conflito entre os dois, a família resolve mandar Yaqub viver com parentes no Líbano. Quando volta, os irmãos se ignoram, não raro entram em conflitos verbais e físicos, Omar sempre levando a vantagem nas brigas.

Enquanto Omar se dedica a vadiagem, Yaqub se dedica aos estudos, se tornando cada vez mais o preferido do pai. Logo aparece uma oportunidade e ele parte para São Paulo, sob fortes protestos da mãe, que prefere ter todos os filhos sob suas asas protetoras. Indo para São Paulo, o rapaz só evolui em sua carreira e colhe frutos, o que causa grande inveja em seu irmão. Omar continua aprontando coisas cada vez piores, talvez como uma tentativa de desviar a atenção dos pais de seu gêmeo, bem como uma criança mimada.

O fluxo de evolução e desenvolvimento é representado por Yaqub: aquele que vai para São Paulo, o motor do país, é aquele que passa a ter modos e atitudes civilizadas; aquele que fica em Manaus continua em atraso, agindo como selvagem, um ser que tem que lutar por sua sobrevivência da maneira que sabe: pela lei do mais forte.

Dois Irmãos é um livro riquíssimo em alegorias e simbologias, críticas e ironias, características que acolhem o leitor e fazem pensar.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Frases para Guardar


Todos estamos sujeitos a captar frases das mais diversas fontes: desde livros de grandes pensadores, a seriados de televisão; desde filmes vencedores de grandes prêmios aos nossos sábios avós. Essas frases, de forma consciente ou não, se juntam ao conhecimento popular e ajudam a construir caráter ou simplesmente fazem pensar.

Fã de frases, Marcel Souto Maior, jornalista, roteirista e diretor de TV, adquiriu o hábito de anotar cada frase que passou por sua vida para presenteá-las aos filhos. Mas, num certo ponto, achou egoísmo distribuí-las apenas para seus entes queridos, quando muitos outros poderia se beneficiar elas. E assim nasceu Frases para Guardar.

Este livro reúne uma gama variadíssima de frases das fontes mais inusitadas possíveis: nas palavras do próprio autor, “de Voltaire a Homer Simpson, de Gandhi a Steve Jobs, de Isaac Newton a Lady Gaga”. A mente de Souto Maior esteve escancarada para captar qualquer invasão de frases que chegavam a ele. São frases para pensar ou para divertir, palavras que complementam de alguma forma a alma. Para usar uma frase coletada por ele mesmo: “Não se faz uma frase. A frase nasce.” (Clarice Lispector).

Mais informações sobre o livro:


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Clube da Leitura

Todo apaixonado por leitura sente falta de alguém com quem compartilhar as experiências lidas. Não adianta negar: é frustrante querer contar para alguém quão legal ou chato um livro é e a pessoa devolver um olhar de desprezo pelo simples fato de você ter lido. Mas no mundo há lugar para todos, inclusive para os leitores, sejam vorazes ou nem tanto. E se você achava que discussões sobre literatura acabaram para você quando saiu do Ensino Médio (ou da faculdade, no caso de quem resolveu se aventurar em um curso de Letras, como quem vos diz), pode se animar, existe um lugar assim na Terra para nós: a Livraria Cultura.

A Livraria Cultura, em parceria com a editora Companhia das Letras, realiza mensalmente o Clube da Leitura. Nas outras Culturas o evento já ocorre há bastante tempo, mas em Campinas a coisa começou no final do ano passado e está cada vez mais animada. Funciona assim: todos os meses os participantes do evento escolhem um livro (sempre da Companhia das Letras) para ser lido até o encontro seguinte. O encontro é mediado por um funcionário da Livraria e os participantes têm a oportunidade de discutir pontos sobre o livro lido. Para dar uma ajudinha, a Livraria Cultura costuma colocar os livros escolhidos no Programa +Cultura, que o programa de fidelidade da loja, que confere um descontinho bacana ao preço do livro. 

Interessou? Então anote aí: o próximo em Campinas será no dia 6 de novembro, às 19h30, na Livraria Cultura que fica no shopping Iguatemi. O livro que será discutido é o As Brases, de Sándor Marai.

domingo, 26 de agosto de 2012

Factus Literário no bate-papo com Alyson Noel...




Ainda com um pouco de atraso, não poderíamos deixar de postar mais um evento em que o Factus Literário marcou presença. No dia 21 de agosto, a escritora americana Alyson Noel esteve na Fnac Campinas para lançamento de seu mais recente livro, “Sonhos”, primeiro volume da série The Soul Seekers (Os Caçadores de Alma).

Antes da sessão de autógrafos, Alysson conversou com o público presente, falou sobre a carreira de escritora (que começou após desistir da carreira de aeromoça depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos), sobre inspiração e sua forma de trabalhar, entre outros assuntos. Ela também respondeu perguntas dos fãs, entre elas sobre a série “Os Imortais” (que vendeu mais de 6,5 milhões de exemplares no seu próprio país e mais de 300 mil no Brasil).

Durante o bate-papo com a diva americana, estavam presentes os escritores Raphael Draccon, que direcionava as perguntas à escritora, e a também escritora Carolina Munhoz, que exerceu o papel de intérprete durante o evento.

Abaixo fotos com os escritores após o evento.

Mais uma vez Factus Literário marcando presença nos eventos literários de Campinas e Região. 





Factus Literário na Bienal 2012...




Com um pouco de atraso (talvez muito), nós do Factus Literário não poderíamos deixar de registrar nossa presença no maior evento literário da América Latina: a Bienal do Livro. A edição 2012 aconteceu entre os dias 9 e 19 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, e neste período recebeu mais de 750 mil visitantes (segundo dados dos organizadores). Nós, do Factus Literário, é óbvio, estivemos lá no dia 11 de agosto e aproveitamos para conhecer os stands de várias editoras, encontrar escritores (e amigos) e claro, comprar livros. Para todo amante dos livros, a Bienal não é apenas um grande evento, mas uma grande tentação. Brincadeiras à parte, é a oportunidade perfeita para se conhecer novos títulos, encontrar os escritores e trocar ideias, fazer novas amizades e aumentar (muitas vezes, absurdamente como no meu caso!) a lista de desejos de títulos, clássicos e contemporâneos.

No link abaixo, vocês conferem algumas fotos da Bienal do Livro. É o Factus Literário marcando presença também nos eventos literários.